FAZENDAS HISTÓRICAS - PATY DO ALFERES




FAZENDA BOA ESPERANÇA

Situada em Avelar, Município de Paty do Alferes, a Fazenda Boa Esperança era originalmente parte da sesmaria da Fazenda Pau Grande.

Como os proprietários seguiam vivendo em Pau Grande nesta área estabeleceu-se uma estrutura para a cultura do café constando de terreiros, moinhos, senzalas, cozinha, enfermaria dos escravos onde é hoje a casa de vivenda com algumas adaptações e acréscimos.

Por volta de 1850, foi construída uma sede e, em torno de 1907, esta foi demolida e com o material da demolição foram construídas as primeiras casas da Vila de Avelar.

Preserva o belíssimo acervo em mobiliário, porcelanas, documentos e objetos pertencentes a essa família.

Atualmente a fazenda, além de outras atividades, vem incrementando o turismo histórico do Vale do Paraíba, abrindo suas portas à visitação guiada.

Fazendas Históricas - Paty do Alferes - Fazenda Boa Esperança


FAZENDA MONTE ALEGRE

A história da Fazenda Monte Alegre está fortemente ligada a de seu mais importante e ilustre morador, Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o Barão de Paty dos Alferes, membro do “Clã dos Werneck”, clã este que dominou por quase 200 anos a maior parte das terras na “Serra Acima”, como era conhecida esta parte da então Província Fluminense.

Não foi o Barão quem construiu Monte Alegre, porém, é certo que desde o ano de 1855 o Barão residiu nesta fazenda, fazendo dela seu centro de negócios e de documentação, arquivos, etc. Das várias fazendas que possuía (sete, com centenas de escravos) era a melhor aparelhada, melhor localizada, possuidora do melhor quadro de profissionais especializados (enfermeiros, sapateiros, lavadeiras, etc. havia 10 carpinteiros) e a que possuía melhores instalações. A Monte alegre chegou a abrigar 200 escravos por volta 1859.

Monte Alegre possuía em seus melhores tempos: casa de moradia com oratório próprio, moinho, engenho de farinha, 59 lances de senzala, pilões, serraria, olaria, forno apetrechado, 2 lances de casa para guardar carros, 10 lances de armazéns de café e tulhas, um canavial, cafezais, 9 enfermarias para escravos, etc.

Em seu interior havia mobília de mognos, jacarandá, cedro e peroba, um belíssimo piano, serviços de louça da Índia incluindo aparelhos de porcelana com o brasão da família, além de outros objetos de luxo.

Porém, apesar do fausto vivido por poucas gerações do clã dos Werneck na Monte Alegre, a história prosseguiu implacável. Por força dos vários fatores econômicos, como principalmente o esgotamento da terra para o plantio de café em virtude de tratos culturais inadequados e da abolição da escravatura, os Werneck, empobrecidos, tiveram de deixar a fazenda em 1911.

Daí em diante a Monte Alegre foi fragmentada, tendo a casa passado por vários proprietários e até mesmo por uma empresa que a transformou em hotel e cassino.

Finalmente, chegou às mãos de seus atuais proprietários, o engenheiro e escultor Gabriel Fonseca e família, que a compraram em ruínas e por preço irrisório. Levaram 6 anos para restaurá-la, com uma equipe de 3 artesãos, com enormes dificuldades para seguir os padrões originais, inclusive do paisagismo do artista francês Glaziou nos jardins.

Não está aberta à visitação.

Fazendas Históricas - Paty do Alferes - Fazenda Monte Alegre




FAZENDA PAU GRANDE

São das mais antigas as referências e registros das terras onde está situada a Fazenda Pau Grande, no município de Paty do Alferes. Ao contrário da maioria das fazendas de café, Pau Grande já existia muito antes do ciclo, dedicada principalmente a produção de açúcar.

A localização da fazenda a tornava passagem e pouso para viajantes. Auguste Saint-Hilaire, o sábio naturalista francês, e Tiradentes, precursor e mártir da independência do Brasil, lá estiveram.

Os acontecimentos que culminaram com o enforcamento de Tiradentes influencia no rumo da história de Pau Grande, pois os envolvimentos de Antonio Avelar com o herói e as pressões que sofreu trouxeram-lhe grandes prejuízos financeiros, como meio de escapar da “devassa”, e ocasionaram sua morte em 1794.

Em 1797 Luiz Gomes Ribeiro, genro e herdeiro de Antonio, assume os negócios junto com a viúva. É ele quem manda construir a grande casa que hoje surpreende e encanta o turista por sua grandiosidade arquitetônica e beleza plástica.

A partir de 1888, com as dificuldades decorrentes do final do ciclo do café, Pau Grande entra em franca decadência.

Na década de 1980, o empresário Walter Soares Ribas, adquirindo-a, empregou os recursos necessários e o melhor de seus esforços para, num grande trabalho de restauração, assessorado por equipe técnica, devolver a Pau Grande o seu antigo resplendor.

A fazenda destaca-se pelos imponentes trabalhos de cantaria, sobretudo os de formato redondo com que são feitas as fundações das várias dependências externas.

Distando seis quilômetros do município de Avelar, no Estado do Rio, em estrada pavimentada, a fazenda Pau Grande, renovada e revivida, está entre as mais extraordinárias casas rurais do Brasil.

Não está aberta à visitação.

Fazendas Históricas - Paty do Alferes - Fazenda Pau Grande